terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Campeonato Sul-Americano Sub-20: Hexagonal Final (01ª rodada)

Argentina vence o Peru com gol de filho de craque, Paraguai e Colômbia só empatam e Brasil não sai do zero contra o Uruguai

Por: Lucas Nunes (Facebook | Twitter | Instagram) e Matheus Andrade

Começou nessa segunda a segunda fase do Campeonato Sul-Americano Sub-20, que está sendo disputado no Uruguai. O Hexagonal Final irá definir, além do campeão, os dois classificados para os Jogos Olímpicos Rio 2016 e os quatro classificados à Copa do Mundo Sub-20 FIFA Nova Zelândia 2015. E as seis seleções se enfrentaram nessa segunda, 26/01. A Argentina passou pelo Peru por 2x0, Paraguai e Colômbia não saíram do zero e a Nossa Seleção

• Jogo 1: Argentina 2x0 Peru (Estádio Centenário de Montevidéu, 17h50)
Lucas Nunes

Quem disse que talento não é hereditário? Em muitos casos, realmente não é, mas existem exceções. E uma delas é Giovanni Simeone. Não reconheceu o sobrenome? Eu te digo quem é. 'Gio' é filho de Diego Simeone, ídolo argentino e treinador do Atlético de Madrid. Com um gol do camisa 9 e outro golaço de Ángel Correa, a Argentina bateu o Peru no lendário Estádio Centenário de Montevidéu por 2x0.

Giovanni Simeone é o artilheiro da competição,
com sete gols. | Foto: Agência Reuters
Nem preciso dizer quem dominou durante a partida, né?? Los Nuestros Hermanos tinham um time infinitamente superior tecnicamente ao do Peru, tanto que já aos 5' da primeira etapa abriu o placar. Sim, era mais um do artilheiro. Sim, era mais um do filho do terceiro melhor treinador do mundo. Sim, era gol de Giovanni Simeone. Belo gol; no ângulo, da entrada da área.

Daí pra frente o Peru tentou algo, mas, reitero, a Argentina era muito superior. Bloqueou inteligentemente todas as chances. E matou o jogo com um comandado do pai do artilheiro; Ángel Correa marcou um GOLAÇO por cobertura. Depois dessa preciso falar mais algo sobre o jogo? Dois belos gols, três pontos na sacola e grande chance de classificação pra pelo menos uma competição. Aguardem; esse time ainda vai dar muito mais trabalho...

• Jogo 2: Paraguai 0x0 Colômbia (Estádio Centenário de Montevidéu, 20h)
Matheus Andrade

Foto: CONMEBOL
Paraguai e Colômbia empataram por 0 a 0 pela primeira rodada do hexagonal final do Sul-Americano sub-20. Apesar do resultado, a partida realizada no Estádio Centenário foi aberta e ambas as equipes criaram boas chances.

O Paraguai chegou mais vezes e finalizou melhor que os colombianos, porém a atuação do goleiro colombiano Monteros e Echagüe, goleiro paraguaio foram providenciais para que o placar não fosse alterado.

Devo admitir que não foi a melhor partida feita pelos colombianos, se esperava mais de um time tão habilidoso e bem armado.

• Jogo 3: Uruguai 0x0 Brasil (Estádio Centenário de Montevidéu, 22h10)
Felipe Schmidt / GloboEsporte.com

O discurso antes de enfrentar o Uruguai era evitar entrar no “jogo sul-americano”, com catimba e imposição física. Mas foi justamente desta maneira, utilizando as armas do rival, que o Brasil conseguiu um empate em 0 a 0 com a Celeste, pela primeira rodada do hexagonal do Sul-Americano sub-20, nesta segunda-feira, no estádio Centenário, em Montevidéu.

Foto: AFP
Depois da derrota por 2 a 0 na primeira fase, o Brasil aprendeu a lição. O técnico Alexandre Gallo escolheu uma formação ofensiva, com quatro atacantes (Kenedy, Thalles, Gabriel e Yuri Mamute), e um time mais robusto fisicamente, o que ajudou a escapar da pressão uruguaia. Outro artifício foi a tranquilidade, friamente calculada na demora de Marcos para bater o tiro de meta, ou nos valiosos segundos perdidos nas cobranças de falta e escanteio. A cera, desta vez, foi brasileira.

O resultado deixou o Brasil empatado com Uruguai, Colômbia e Paraguai, todos com um ponto – cafeteiros e guaranis também ficaram no 0 a 0. A Argentina lidera o hexagonal, após vencer o Peru por 2 a 0. Na próxima rodada, os brasileiros enfrentam os paraguaios, quinta-feira, no estádio Parque Central.

Se a força física e a catimba do Brasil funcionaram, o Uruguai pouco ameaçou nas jogadas aéreas e não conseguiu se impor. A Celeste manteve seu estilo rápido, com correria e passes longos, ditados pelo meia Arambarri, mas pouco pressionou a seleção. A própria torcida local, que compareceu em bom público, estava fria: participava pouco, a ponto de torcedores brasileiros conseguirem fazer barulho no estádio.

Mesmo com a escalação ofensiva, o Brasil esteve equilibrado. Gabriel era o responsável por recuar o meio de campo na parte defensiva, e o desafogo vinha pelas pontas. Em contragolpes, a seleção criou as melhores chances do primeiro tempo – em uma delas, aos 27 minutos, Yuri Mamute escapou da falta, arrancou e rolou para Thalles pedalar e chutar para boa defesa de Guruceaga.

O segundo tempo foi mais aberto. O Brasil manteve o nível da atuação, e chegou a melhorar quando Marcos Guilherme entrou no lugar do sacrificado Gabriel. O baixinho do Atlético-PR, artilheiro da equipe no torneio, com três gols, deu mais velocidade ao time e apareceu bem na área para finalizar duas vezes.

Por outro lado, a marcação brasileira afrouxou. E o Uruguai, com seu estilo direto, começou a chegar com facilidade. Aos 25 minutos, Facundo Castro recebeu livre na área, após cruzamento e chutou à queima-roupa. Marcos mostrou reflexo e fez grande defesa.

No fim, o nervosismo passou a ser predominante. Os dois times começaram a se impacientar e errar muito, sem criar chances perigosas. O empate ficou de bom tamanho para ambos.

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