sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Campeonato Carioca 2015: 04ª rodada

Todos os grandes vencem e passam a folia de carnaval dentro do G4 do Cariocão: Flu é líder isolado com 100% de aproveitamento; Fla, Bota e Vasco têm 10 pontos

• Bangu 0x3 Botafogo (Estádio Los Larios, Xerém - Duque de Caxias | 11/02, 17h)
Lucas Nunes (Facebook | Twitter | Instagram)

No calor infernal de Duque de Caxias (calor esse que o Flu já passara e que a famigerada Federação continua a submeter os atletas a essa loucura), o Botafogo venceu sem grandes problemas o Bangu por 3x0, com gols de Bill (2) e Jobson. Com o resultado, o time de Gal. Severiano fixou-se na terceira colocação da tabela, e caso a Taça Guanabara terminasse hoje, o time enfrentaria o Flamengo sem a vantagem do empate.

O Botafogo contou com um 'reforço' na partida logo no início do primeiro tempo; aos 13' o bom goleiro Márcio, do Bangu - que parou Fred em algumas oportunidades na rodada anterior -, foi expulso. Em contra-partida, o técnico René Simões teve um problema que pode causar sérios problemas para a sequência do campeonato: Rodrigo Pimpão, principal jogador do time até então, sentiu a coxa e precisou ser substituído por Jobson. Ao menos nessa partida o polêmico atleta resolveu; já em seu primeiro toque na bola deixou Bill na cara do gol, e o artilheiro não desperdiçou e marcou 1x0.

Bill comemora frente ao desolamento do jogador alvirrubro. |
Foto: Paulo Sergio / LANCE!Press
O Botafogo continuara com os comandos ofensivos da partida, entretanto só voltaria a marcar novamente na segunda etapa, novamente com Bill, aos 24', após mexidas de René (Tomas, apagado, deu lugar a Sassá, enquanto Fernandes entrou na vaga do lesionado Diego Jardel). O Alvinegro diminuiu o ritmo, mas ampliou o placar com Jobson, o melhor jogador da partida. Aliás, uma observação digna de nota; se esse estiver com uma cabeça boa, tem tudo pra ser o nome do Botafogo no possível ascenso do time à primeira divisão. É um jogador que tem habilidade, obediência tática, técnica, enfim, reúne quesitos para ser titular nesse time onde a qualidade técnica não é o principal fator. Enfim, vamos dar tempo e aguardar pra ver como se dará o desenvolvimento do time.

• Flamengo 5x1 Cabofriense (Estádio Jornalista Mário Filho / Maracanã, Rio de Janeiro | 11/02, 22h)
Matheus Andrade

Comemoração do primeiro gol da partida, marcado
por Marcelo Cirino. | Foto: flamengo.com.br
O Flamengo começou a partida muito mal, apesar de ter aberto o placar com Marcelo Cirino de cabeça. A saída de bola não existia, os zagueiros ficam tempo demais com a bola nos pés, facilitando a marcação adversária, a entrada de Márcio Araújo na vaga de Cáceres daria uma melhor saída de bola, o que claramente não acontece.

Essa falta de opção na saída de bola, prejudicou e muito a armação dos ataques, Arthur Maia vem desempenhando bem a função de camisa 10, porém pode estar com os dias contados, já que as alterações promovidas por Luxemburgo no segundo tempo melhoram o funcionamento da equipe.

No início da segunda etapa, Sassá aproveitou o passe errado de Samir, para infiltrar no meio dos zagueiros e acertar um chute de raríssima felicidade, empatando a partida. Os dois lances seguintes de bola parada decidiram o jogo a favor do Flamengo.

Arthur Maia cobrou no meio da confusão, Samir cabeceou e Everton pegou o rebote dentro da pequena área. Em outra cobrança de Arthur, o zagueiro Samir subiu novamente livre para testar pro fundo da rede.

As substituições mostraram o quão bom poderá ser esse campeonato para o Flamengo, Eduardo da Silva e Alecsandro entraram após o terceiro gol, nos lugares de Gabriel e Arthur Maia.

Em jogada de velocidade, Cirino lançou Everton em velocidade, o meia livre chegou com facilidade dentro da área e cruzou para Eduardo da Silva escorar de primeira. Muito mais à vontade no jogo e com o adversário abatido, o Flamengo se lançou ao ataque.

Luiz Antônio que havia substituído o lesionado Anderson Pico no final do primeiro tempo, carregou pela direita, cortou para o meio e bateu fraquinho, a bola desviou na zaga e caiu nos pés de Marcelo Cirino sozinho, o atacante foi generoso e passou para Alecsandro fechar a goleada.

O time atuou de forma diferente nos dois tempos de jogo, o que chega a ser uma preocupação pois uma atuação nesse nível do primeiro tempo contra um time de força equivalente, traria um resultado nada agradável para a Nação.

• Boavista 0x3 Fluminense (Estádio Eucy Resende de Mendonça, Bacaxá - Saquarema | 12/02, 17h)
Lucas Nunes (Facebook | Twitter | Instagram)

No acanhado estádio Eucyzão, na linda Saquarema, o Fluminense foi recebido pelo Boavista e mesmo com um futebol menos vistoso do que o apresentado nas últimas rodadas, o Tricolor venceu por 3x0, com gols de Lucas Gomes, Fred e Jean. A vitória manteve o time na liderança isolada do Campeonato Carioca 2015 / Troféu Tupi 80 anos, com 12 pontos e 100% de aproveitamento. Já o Boavista, que em nada lembra o time que em alguns campeonatos anteriores se mostrava como a quinta força do estado, está na 12ª colocação e pelo futebol que mostra, dá indícios que esse ano brigará para não ser rebaixado.

O principal fato do primeiro tempo foi o forte calor que afligia os jogadores de ambas as equipes. O site da FERJ, em sua crônica o primeiro tempo como "muito truncado e de forte marcação das duas equipes". Eu diria mais: o jogo foi sonolento, chato e monótono. Prova dessa sonolência foi o vacilo da zaga do time da casa aos 28', marco em que Robert enfiou uma bola para Lucas Gomes marcar seu primeiro gol com a camisa Tricolor (se bem que nessa partida o uniforme utilizado foi o branco com as listras verde e grená verticais no meio da parte frontal da camisa...).

Fred e Robert comemoram gol com dancinha. |
Foto: Nelson Perez / Fluminense FC
O Flu já ampliou na volta do intervalo, aos 7'. Edson chutou a meia distância, Dida deu rebote, Lucas Gomes driblou o goleiro e Fred "roubou" o gol, finalizando e marcando. Tento esse que foi o quinto do camisa 9 no torneio, se consolidando cada vez mais na artilharia.

A única boa chance do Verdão da Região dos Lagos foi desperdiçada por Anselmo, cara-a-cara com Cavalieri, isolando uma grande chance. A partida seguiu morna até os 42', quando Jean marcou o terceiro e fechou a conta, consolidando o ataque tricolor como o segundo mais positivo do campeonato, um gol atrás do ataque do rival Flamengo, que marcou 12 em quatro jogos.

• Vasco da Gama 3x0 Macaé Esporte (Estádio de São Januário, Rio de Janeiro | 12/02, 19h30)
Lucas Nunes (Facebook | Twitter | Instagram) e Globoesporte.com

Fechando a rodada e o G4 do Cariocão, o Vasco da Gama bateu o Macaé Esporte por 3x0, com gols de Bernardo, Montoya e Rodrigo, sendo o primeiro e o último em cobranças de falta. Com a vitória, o time de Eurico Miranda se colocou na quarta colocação da tabela, empatado em pontos com Flamengo, Botafogo e Volta Redonda, mas leva vantagem nos critérios de desempate apenas do Voltaço.

Bernardo comemora seu gol, marcado de falta. | Foto: CR Vasco da Gama
Doriva mudou pela primeira vez a escalação do Vasco. O lateral-direito Nei e o volante Guiñazu, respectivamente, entraram nas vagas de Madson (lesionado) e Lucas (opção). A atuação, porém, continuou defeituosa: faltou velocidade, sobrou excesso de passes errados. A produção ofensiva parou na boa marcação adversária – o mérito foi não correr nenhum risco. Nesta lógica, apostando em chutes de fora da área, aos 32 minutos, Bernardo, de falta, abriu o placar com um golaço – a bola bateu no travessão antes de entrar. Montoya, seis mais tarde, aproveitando rebote da defesa, que afastou cruzamento de Bernardo, bateu de primeira e fez o 2 a 0. O camisa 7 era o único em campo que tentava algo diferente. Que se arriscava. Foi destaque.

O intervalo teve muitas atrações. Que rivalizaram com o pobre futebol. O placar eletrônico anunciou a contratação de Falcão, do futsal, para o Fut7. Houve homenagem a Everton Costa, que precisou abandonar o futebol por causa de problema cardíaco. E o time do Vasco da Gama Patriotas, campeão brasileiro de futebol americano em 2014, deu volta olímpica. Dentro de campo, o panorama não mudou. Com Eberson e Marquinho, o Macaé tentou pressionar. Mas faltou qualidade. À exceção de um chute de Rafael Silva defendido por Berna e de outro sem direção de Nei, nada produziu. O Vasco foi marcar novamente aos 40 do segundo tempo, com Rodrigo de falta, em falha de Berna, que caiu atrasado. Ficou nisso.
Tabela: FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro)

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