Fluminense 2015: Veja a análise tática

Flu sem Darío Conca; confira como deve ficar

Por: Lucas Nunes (Facebook | Twitter | Instagram)

NOTA: Amigo leitor, escrevi essa análise para a página Ser Fluminense, no Facebook. Para não fazer dois textos muito parecidos, acredito ser muitíssimo válido usar o mesmo texto lá e aqui. Quanto as outras análises táticas, de Botafogo, Flamengo e Vasco, são inéditas e foram escritas por mim (Bota), Matheus Andrade (Fla) e Nickolas Lyra Rodrigues (Vasco). Apreciem o texto e deixem, caso queiram, suas opiniões nos comentários.

Arte: Lucas Nunes

O Cristóvão esboçou no jogo-treino contra a Cabofriense como o Flu deve jogar sem Darío Conca. Demorei a postar essa análise pois juro que estava tentando entender o modo de jogo. Tentei colocar os jogadores que devem ser titulares dentro do esquema.

Fazendo uma rápida análise do elenco, imagina-se que o time que deve ser o titular durante o ano é:

12- Diego Cavalieri; 16- Renato, 3- Gum, 36- Marlon, 6- Giovanni; 5- Edson, 7- Jean, 10- Wagner; 23- Marlone, 18- Walter, 9- Fred

Vou tentar simplificar ao máximo a ideia tática do Cristóvão, amigo tricolor. Começando pelo setor defensivo, o mais tranquilo de se analisar; os laterais (Renato e Giovanni) têm a função de apoiar o ataque, auxiliando o Wagner na criação das jogadas, mais especificamente pelos flancos do campo.

Avançando um pouco, chegando ao ponto mais complicado, o meio-campo. Com a saída do Conca, o Cristóvão resolveu abrir mão de usar quatro homens, e alterou o esquema tático. Ah, antes de tudo, é bom deixar claro que esse setor é crucial, pois engloba três funções: defender, realizar a transição defesa-ataque e criar situações ofensivas. Isto posto, vamos ao ponto.

Na questão defensiva do meio-campo, Edson e Jean tem essa função mais impostas a si; o camisa 5 é o primeiro volante, o cara de combate, que vai ficar mais imbuído de proteger a zaga. Deve, também, cobrir a subida dos laterais, sobretudo o esquerdo. É quase um terceiro zagueiro/líbero. Pode, também, auxiliar na saída de bola.

Um pouco mais a frente temos o Jean, que deve defender, cobrir a subida do lateral (principalmente o direito), realizar a transição defesa-ataque, auxiliar a armação das jogadas de ataque e surgir como elemento surpresa no ataque. É, sem dúvida, o jogador mais importante da estrutura dorsal do setor.

Chegamos ao setor de criação das jogadas. Sem o Conca, o Cristóvão deve usar apenas o Wagner como principal articulador de jogadas de ataque do time. Ou seja, vai ser literalmente o "camisa 10". Provavelmente não terá a função de voltar pra marcar, no máximo irá 'cercar' a transição defesa-ataque do time adversário.

No ataque, se engana quem pensa que a única função é marcar gols; Walter, Marlone e Fred devem cercar a saída de bola dos adversários. Walter e Marlone, mais especificamente, devem também marcar a subida do lateral adversário. Além disso, devem jogar municiando o Fred. Com a atual formação, o Waltinho deve atuar mais próximo do camisa 9, enquanto o recém-chegado poderá compor em determinados momentos do jogo o meio-campo. Com isso, podemos afirmar que o esquema utilizado deverá ser um 4-3-3 variando pro 4-4-2.